Núcleo | Pampulha espiralar: um lar, um altar

Núcleo | Pampulha espiralar: um lar, um altar

Se a função social da arquitetura modernista foi horizontalizar a sociedade, conferindo desenho e beleza aos mais ou menos afortunados, como lidar com os usos comuns e surpreendentes da população quando a mesma se apropria de um lugar, de uma paisagem?

O Conjunto Moderno da Pampulha se tornou cenário para o desejo de eternidade. Debutantes, noivas e mães fazem da emblemática arquitetura e do paisagismo do Conjunto o fundo ideal para os registros que serão guardados nos álbuns de família.

A fundamental teoria de Leda Maria Martins vai nos conduzindo à reflexões onde esses gestos do corpo nos revelam muitas relações. Os mecanismos identitários entre África e Brasil, por exemplo, nos serão devolvidos em festas e comemorações. Com isso, em vez do corpo da dor, devemos observar e perceber o corpo do “júbilo”, nas palavras da própria autora, o corpo das coroações, dos Reisados, das grinaldas.

Assim, para além das escritas oficiais, vamos construindo nossas próprias “oralituras”, contando histórias de outros modos, fazendo dos lugares os nossos lares, os nossos altares.

 

[English]

If the social function of modernist architecture was to horizontalize society, providing design and beauty to the more or less fortunate, how to deal with the common and surprising uses of a place, of a landscape, when the population appropriates it?

The Pampulha Modern Complex has become the setting for the desire for eternity. Debutantes, brides and mothers make the Complex’s emblematic architecture and landscaping the ideal background for records that will be kept in family albums.

Leda Maria Martins’ fundamental theory leads us to reflections where these bodily gestures reveal many relationships. Identitarian mechanisms between Africa and Brazil, for example, will be returned to us in parties and celebrations. With that in mind, instead of the body of pain, we must observe and perceive the body of “jubilation”, in the author’s own words, the body of coronations, Reisados, garlands.

Therefore, beyond official writings, we are building our own “oralitures” (term used to designate stories and ancestral knowledge passed down not only through literature, but also through cultural performative expressions), telling stories in different ways, making places our homes, our altars.

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