Começo por agradecer o convite da Secretaria Municipal de Cultura, da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte e da Casa Fiat de Cultura por essa oportunidade de rever minha história com o Museu de Arte da Pampulha.
Diante deste projeto de exposição do acervo, acho conveniente exemplificar seu conteúdo como foi e como conheci.
O conceito da coleção do Museu teve como base a forte e brilhante arquitetura concebida por Oscar Niemeyer para o Cassino da Pampulha, hoje Museu de Arte. O modernismo serviu de estilo e estímulo para que se guardassem obras como as de Guignard, Di Cavalcanti, Portinari, Mary Vieira e outras, as quais vieram se juntar às premiadas nos Salões da Prefeitura. Assim, consolidou-se a ideia de Museu, a partir dos anos 1950, o que não quer dizer que ele tenha sido conduzido como um setor cultural vital, como deveria, na composição educacional de um governo.
Só a partir de 2000 o MAP ganha uma reforma estrutural, do prédio em si, e na forma de administrá-lo. Foram criados espaços para a reserva técnica, um centro de documentação, um grupo especializado de funcionários e um programa de exposições. Adriano Pedrosa, contratado como curador, dá início ao “Bolsa Pampulha”, um projeto nacional envolvendo artistas jovens. Em sequência, foram programadas as site specific, exposições que tinham como objetivo usar os espaços do prédio sem interrupção da sua magnífica estrutura.
O conceito de moderno mudou com o tempo. Como resultado, os pós-modernos e os contemporâneos que, num sentido atualizado, seriam eternamente abertos para o futuro.
Assim, como anteriormente, os Salões deixam seu rastro, com obras que aumentam a qualidade da coleção. O “Bolsa Pampulha” e as exposições de artistas reconhecidos nacionalmente também contribuem para qualificar o acervo do MAP. Como exemplo, temos Rosangela Rennó, Rivane Neuenschwander, Solange Pessoa, Paulo Nazareth, dentre outros.
É o que podemos constatar nesta mostra, que nos conta sobre uma fatia poderosa da arte brasileira, que se encontrava distante dos olhos do público, há vários anos, num prédio de Oscar Niemeyer, às margens da Lagoa da Pampulha.
Priscila Freire
Curadora
[English]
I begin by thanking the invitation from the Municipal Culture Department, the Municipal Culture Foundation of Belo Horizonte, and the Casa Fiat de Cultura for this opportunity to revisit my history alongside the Pampulha Art Museum.
Faced with the exhibition project of this collection, I find it appropriate to exemplify its content as it was and as I came to know it.
The concept of the Museum’s collection was based on the strong and brilliant architecture conceived by Oscar Niemeyer for the Pampulha Casino, now the Museum of Art. Modernism served as a style and incentive to preserve works such as those by Guignard, Di Cavalcanti, Portinari, Mary Vieira, and others, which joined those awarded in the City Hall Salons. Thus, the idea of the Museum was consolidated since the 1950s, which does not mean that it was operated as a vital cultural sector, as it should have been, in the educational composition of a government.
It was only after the 2000’s that MAP received a structural reform of the building itself and the way it was managed. Spaces were created for the technical reserve, a documentation center, a specialized team of employees and an exhibition program. Adriano Pedrosa, hired as curator, launched the “Pampulha Grant”, a national project involving young artists. Subsequently, site-specific exhibitions were scheduled, aiming to use the building’s spaces without interrupting its magnificent structure.
The concept of modern has changed over time. As a result, postmodernists and contemporaries are, in current understanding, those who would be eternally opened to the future.
So, as before, the Salons leave their mark with works that increase the quality of the collection. The “Pampulha Grant” and exhibitions by nationally recognized artists also contribute to enhancing the MAP’s collection. As an example, we have Rosangela Rennó, Rivane Neuenschwander, Solange Pessoa, Paulo Nazareth, among others.
This is what we can see in this exhibition, which tells us about a powerful slice of Brazilian art that was hidden from the public’s eye for several years, in an Oscar Niemeyer building, on the shores of Pampulha Lagoon.
Priscila Freire
Curator
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Tel: +55 (31) 3289-8900
Horário de funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
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