Sylvio Coutinho e sua aldeia

Sylvio Coutinho e sua aldeia

“Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”. A célebre frase do escritor russo Leon Tolstói (1828-1910) segue a inspirar artistas e intelectuais. Há 45 anos, Sylvio Coutinho fotografa sua cidade. Por meio de fotos e vídeos, expressa lembranças, sentimentos e perspectivas em relação a Belo Horizonte, sua terra natal. Ao falar sobre a própria “aldeia”, o multiartista pretende fomentar discussões mais amplas, que dizem respeito às pessoas que vivem em centros urbanos pelo mundo.

A relação de Sylvio com BH estende-se por muitas veredas. Inquieto, curioso e inovador, o artista é referência na cidade, como fotógrafo, cinegrafista, designer e produtor gráfico de vários projetos de sucesso na literatura, na música e na publicidade.

Sua intensa vivência pelos espaços públicos da cidade mudou radicalmente nos últimos anos. Em 2013, após cair de uma árvore, precisou de intenso tratamento fisioterápico, que incluía pedaladas de bicicleta. A recomendação médica virou seu estilo de vida. O fotógrafo se apaixonou pelo universo da bike, não só pelos benefícios à própria saúde, mas pela mudança de perspectiva a ele proporcionada. Andar pela cidade, montado em uma “magrela”, fez com que percorresse bairros diferentes, frequentasse parques e praças e visitasse, em um único dia, porções muito maiores da própria cidade. O artista garante que pedala cerca de 28 quilômetros por dia, e, agora, enxerga BH de maneira muito mais pulsante.

 Em 1997, Sylvio Coutinho lançou o livro Bello Horizonte Gerais, em comemoração ao centenário da capital. A publicação reunia fotografias da cidade em preto e branco, a partir de ângulos e cortes inusitados, que sugeriam a brincadeira de “adivinhe onde é”. Elementos arquitetônicos e detalhes decorativos de vários edifícios famosos da capital foram clicados por uma câmera analógica e revelados em belas imagens em p&b. Registraram-se os prédios centenários da Praça da Liberdade, o ícone modernista Edifício Niemeyer, o Mineirão, o Edifício JK, entre outros. O calendário de parede, feito a partir das fotos do livro, ganhou o prêmio Fernando Pini de Excelência Gráfica, da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF).

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