A construção de Belo Horizonte carrega, em sua essência, traços da italianidade – tão fortes na cultura brasileira como um todo. Os imigrantes italianos começaram a chegar em Minas Gerais no final do século XIX e as marcas desse povo podem ser vistas até hoje na indústria, no comércio e na vida cotidiana, nas ruas, nos edifícios e nas casas construídas por arquitetos, pedreiros, pintores e construtores vindos da Itália, com o objetivo de encontrar mais oportunidades. A cidade que nascia de forma planejada unia-se ao sonho italiano de uma nova vida, marcando a cultura de BH para sempre. No momento em que a capital mineira completa 122 anos, a exposição “Percorsi Italiani” mostra como a imigração italiana repercute na vida da cidade.
Os italianos adaptaram-se muito bem aos costumes de Minas Gerais e, graças à política de imigração do Estado, um grande número de operários se instalou na região e logo começou a morar na zona colonial, que deu início ao povoamento de Belo Horizonte, que, em 1897, ainda se chamava Arraial do Curral del Rey. O Governo Estadual, por meio da Comissão de Construção da Cidade, pagava passagens da Itália para o Brasil, oferecia trabalho e alojamento e recebeu os italianos de braços abertos. Em território mineiro, eles influenciaram a gastronomia, a religião, a arquitetura e até a paixão pelos esportes.
Na Piccola Galleria, serão expostos vídeos, imagens e objetos que retratam a vida cotidiana dos imigrantes, que ajudaram a formar a identidade belo-horizontina. “Aqui, o visitante poderá perceber a influência italiana em suas raízes, sua história, e ter um endosso para construir o futuro, seu próprio percurso e entender sua identidade”, sintetiza a curadora Cinthia Reis.
Reaviva-se o entrelaçamento entre a cultura italiana e o cotidiano belo-horizontino em ricas imagens históricas como a comissão construtora da nova capital; o comércio italiano de sapatos; a missa de inauguração de BH; a pintura do interior igrejinha da Pampulha, com painel de Portinari – importante artista ítalo-brasileiro; o dia a dia de jovens à beira da piscina do Minas Tênis Clube; a Padaria e Confeitaria da Savassi, que deu nome à região e foi fundada pelos descendentes de italiano José Guilherme, Hugo, Geraldo e Danilo Savassi; a bola de futebol do Palestra Itália; e os esboços originais do arquiteto italiano Rafaelo Berti.
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