À superfície, em silêncio

Nos primeiros meses da pandemia, isolada em casa, a artista Olívia Viana pintou baleias encalhadas em encontros com seres humanos. A exposição  apresenta 12 dessas  telas, que retratam um corpo enorme e disforme rodeado de águas, areias, óleos e gente.

As obras abordam situações de surpresa, esforço e inutilidade, em praias que são, também, litorais da vida e da morte. As cenas, inusitadas, convidam o espectador a refletir: como reagimos diante de situações de risco e estranheza? Quem é o outro que emerge das profundezas e encalha diante de nós? O animal se estabelece como presença urgente que traz o imprevisto àqueles que com ele se deparam, remetendo-os também à sua própria animalidade.