Música no Parque

A música, como todas as artes, é a expressão de um povo.

Cada vez mais, os programas das mais renomadas salas de concerto e seus respectivos espaços ao ar livre reservam espaço para seus compositores nacionais, deixando de lado o mérito da influência desta música ser popular ou estritamente erudita. Querer definir limites visíveis desta fronteira é um erro, e a experiência vem provando o contrário.

Nos parques europeus é comum ouvir Brahms, Beethoven, Mahler…Nos parques americanos também se ouve música européia, mas a presença do jazz vem se intensificando a cada temporada.

No Brasil, ouvimos de tudo. Se a música é a expressão de um povo, e se nosso povo foi constituído de diversas origens, é natural que nossa música seja mista, e que essa mistura a torne exótica, atrativa, alegre e contagiante, assim como nossa culinária, nossas cores preferidas e nossa língua.

Ao conceber os quatro programas do projeto Música no Parque, tive a preocupação de atentar a todos esses fatores, e dar ao público um pouco de cada qual.
No primeiro concerto teremos enfoque no Barroco Europeu, destacando os dois grandes nomes do período – Vivaldi e Händel. Vamos perceber como cada um tratou o instrumental e o vocal, na execução das Quatro Estações e de árias virtuosas para contratenor. Execução da Orquestra de Câmara Musicoop, com Edson Queiroz e Marconi Araújo, violino e canto, respectivamente.

No segundo concerto, o destaque é para a ópera, a arte que engloba todas as artes, e a mais popular do mundo. A seleção de árias destaca as mais famosas passagens do gênero, com 6 cantores solistas acompanhados por 14 músicos.

Na terceira noite a formação será enxuta, apenas um quarteto de cordas, porém rica em conteúdo. O Quarteto de Brasília fará uma apresentação de música brasileira, dedicando meio programa ao repertório popular com roupagem erudita. Evidente sinal do bom resultado da ‘tal’ mistura dita há pouco.

Para o encerramento em grande estilo, ouviremos o melhor da música popular instrumental brasileira executada pela Banda Mantiqueira. O nível dos arranjos, os improvisos – tudo lembra a escrita do jazz americano, porém com sabor e ritmos brasileiros.

Espero que a platéia mineira se delicie com esta série de concertos, e peça bis – o que seria atendido de imediato!

Maestro Marcelo Ramos
Curador

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