Contaminações Pictóricas – Fernanda Fernandes

Contaminações Pictóricas – Fernanda Fernandes

CASA FIAT DE CULTURA APRESENTA A EXPOSIÇÃO INÉDITA “CONTAMINAÇÕES PICTÓRICAS” DA ARTISTA VISUAL MINEIRA FERNANDA FERNANDES NA PICCOLA GALLERIA

A mostra traz 18 obras, entre pinturas, colagem e objeto, criadas a partir de memórias da artista sobre a paisagem, propondo reflexões sobre como a imaginação alcança a lembrança

 

A mineira Fernanda Fernandes está entre os seis artistas contemplados no 2º Programa de Seleção da Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura e será a primeira a expor na edição 2017/2018 do espaço. A artista visual apresenta na mostra Contaminações Pictóricas uma série de aquarelas, pinturas a óleo colagem e objeto, que revelam criações a partir de memórias visuais. A obra de Fernanda é motivada pela ideia de transiência da matéria, da vulnerabilidade da existência, das impermanências e do caráter inventivo que a memória possibilita. A exposição fica em cartaz entre os dias 5 de dezembro de 2017 e 21 de janeiro de 2018, e tem entrada gratuita.

A artista Fernanda Fernandes expõe parte da pesquisa em pintura que atualmente desenvolve em seu ateliê. Ela realiza uma investigação acerca de ruídos da memória e de sua pulsão criativa de dar novo significado às suas lembranças. Fernanda pinta recorrendo apenas à memória, e foi a partir desse procedimento que as 18 obras da exposição foram criadas. São 13 aquarelas da série Amorfologia, duas pinturas a óleo da série Assombramento, uma pintura em cobre intitulada Revelação, uma colagem chamada Vestígio e um objeto intitulado Pintura.

No processo criativo da artista, o resultado não se limita a uma única inspiração. “É um trabalho abstrato, em que coloco minhas experiências visuais como ponto de partida nas obras. Reúno imagens da lembrança de vivências, sonhos e devaneios como gatilhos para a criação de imagens inventadas”, explica Fernanda.

Um tema recorrente na obra da artista é o efeito do tempo na matéria. Seja na primeira aquarela da série Amorfologia, que mostra um galho em decomposição, seja no cano enferrujado (Pintura), ou na obra Vestígio, que apresenta antigos materiais usados em construções urbanas. Esta é uma reflexão que Fernanda traz para a própria vida humana, que, assim como as matérias vegetal e mineral, está sob o efeito do tempo. “Minha investigação lida com a convivência da observação e da abstração, da construção e da reconstrução, do que é durável ou efêmero, da lembrança e do esquecimento, da vida e da morte”, conclui a artista.

A exposição Contaminações Pictóricas é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Casa Fiat de Cultura, com o patrocínio da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), CNH Industrial Capital, Banco Fidis, Fiat Chrysler Finanças, New Holland Construction, Banco Safra e Verde Urbanismo. A mostra conta com apoio do Mercado do Praça, e apoio institucional do Circuito Liberdade, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (Iepha), Governo de Minas e Governo Federal.

 

Na Piccola Galleria

Amorfologia: série de aquarelas que apresentam memória visual acerca de pequenos troncos e gravetos coletados de árvores em processo de decomposição, após desprendimento natural e queda no chão em matas fechadas. A série se inicia com a referência da forma externa, que não é observada e sim lembrada, mas gradativamente caminha para recortes desconexos do todo. Os corpos trabalhados aparentam algo entre estruturas vegetais, animais, ou mesmo minerais em corrosão ou oxidação. Segundo a artista, essa proposta surgiu ao observar processos de “degradação” de vegetais e de oxidação do cobre.

Assombramento: pinturas a óleo que apresentam memória visual de imagens-referência para a artista. Fernanda se inspira em paisagens poéticas presentes em pinturas, desenhos e gravuras dos séculos XVIII e XIX; e fotografias de fragmentos de paisagens contemporâneas em estado de ruína e que foram consumidos pela vegetação. As duas pinturas são uma investigação sobre as sensações de arrebatamento frente a lugares do passado.

Revelação: pintura em cobre feito a partir das reações químicas entre os ácidos utilizados pela artista e um pequeno disco de cobre, coletado da paisagem urbana. Um estudo sobre a relação entre materiais/substâncias e as mudanças geradas pela intervenção artística.

Pintura: objeto de madeira e metal originado da coleta de pedaço de cano de cobre em processo de ferrugem, retirado de uma edificação antiga. O título remete ao estado pictórico encontrado no objeto, remete uma sensibilidade de olhar as transformações naturais da matéria ao longo do tempo, e dialoga com o fazer artístico do pintor.

Vestígio: colagem feita a partir da coleta de fragmentos de uma estrutura arquitetônica e novas justaposições entre esses elementos. Assim como em Pintura, a artista mostra sua curiosidade sobre a ação do tempo sobre os materiais e a presença pictórica que a matéria retém por si só.

 

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Atendimento acessível sob demanda, mediante disponibilidade da equipe.

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