Ambientada com símbolos da Noruega, a mostra faz o público mergulhar em outro universo. A bandeira norueguesa recebe o visitante e o leva a um passeio por diferentes técnicas de gravura, em meio a um branco que remete ao frio da região, às suas luzes tão características e ao som de músicas do compositor norueguês Edvard Grieg.
Na primeira sala, o visitante poderá apreciar obras que apresentam um caráter mais gráfico e conceitual entre as gravuras. A simplicidade das cores e linhas está em destaque, abusando de relevos e tipografias. Cinco artistas com essas características estão ali reunidos: Olav Christopher Jenssen, Gro Lygre Petersen, Randi Annie Strand, Per Kleiva e Jannik Abel.
Na sequência, os artistas Bjarne Melgaard, Per Inge Bjorlo e a dupla Cathrine Dahl e Orjan Aas ganham atenção do público, com as obras mais performáticas e impactantes da exposição. Elas se destacam pela expressividade e são de artistas de grande renome internacional. Com salas que se fundem e estilos que se mesclam, o visitante conhece, em seguida, as obras com características figurativas e aspecto pop. Nesta sala, serão encontradas as gravuras do mais famoso grafiteiro norueguês, Dolk, além de obras de Gunhild Vegge e da dupla Anette e Caroline Kierulf.
Na sala ao lado, estão reunidas obras mais poéticas, com características pictóricas de Hakon Bleken, Lars Elling, Kjell Nupen e Ornulf Opdahl. As gravuras ali presentes contam uma história emocional, incluindo paisagens dos fiordes noruegueses e estilos românticos. Obras abstratas também marcam presença na mostra. A partir de gravuras de Inger Sitter, Bjarne Melgaard, Ingrid Haukelidsaeter e Asmund Haukelidsaeter, será possível apreciar obras gestuais, estruturais e cheias de interpretações pessoais do observador.
A galeria culmina com a xilogravura “O Beijo”, de Edvard Munch, artista homenageado da exposição, devido a sua importância para o ressurgimento da gravura no século XX.
A arte norueguesa
A arte na Noruega tornou-se efetivamente norueguesa apenas no século XIX, especialmente, com pinturas de paisagem, seguida do impressionismo, do expressionismo e do realismo. Antes disso, a cena artística na Noruega havia sido dominada por importações provenientes da Alemanha e da Holanda, e pela influência do domínio dinamarquês. Johan Christian Dahl (1788-1857), muitas vezes, é declarado como o “pai da pintura norueguesa de paisagem”. Depois de um período em Copenhague, o artista entrou para a escola de Dresden, na qual fez importante contribuição, ao pintar as paisagens daquele país, definindo a pintura norueguesa pela primeira vez. Outro importante colaborador foi Johannes Flintoe (1787-1870), pintor dinamarquês-norueguês, conhecido por suas paisagens norueguesas e pelas pinturas de trajes folclóricos. A recente independência da Noruega, antes pertencente à Dinamarca, incentivou pintores a desenvolver a identidade norueguesa.Embora o país tenha tido nomes de destaque no cenário artístico, como Kitty Kielland (1843-1914), Frits Thaulow (1847-1906), Thorolf Holmboe (1866-1935) e Nikolai Astrup (1880-1928), Edvard Munch foi o artista que mais se destacou no país, de modo a entrou para o hall dos grandes nomes da história da arte.
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