“O artista que é verdadeiro, e a fotografia é mentirosa.” Essas poucas palavras sintetizam aquilo que Rodin criticava na imagem fixa: sua forma de impor uma única visão, sua incapacidade de captar o movimento e sua dificuldade para expor o modelado das esculturas.
Apesar das reticências expressas na frase, em 1880 o escultor abriu as portas do ateliê para fotógrafos locais, amadores, editoras especializadas em retratos e fotógrafos artistas, que produziram diferentes interpretações de sua obra. É essa diversidade de pontos-de-vista, buscada e encorajada por Rodin, que apresentamos aqui, a partir da seleção de algumas das 7 mil imagens colecionadas em vida pelo escultor. Os bronzes e o mármore apresentados nesta exposição ressaltam a riqueza do diálogo entre escultura e fotografia.
Curadora da Exposição e Coordenadora científica da coleção de fotografias. Responsável pelo setor de pesquisa, documentação, biblioteca e arquivos do Museu Rodin.
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