O “Artista das Cores”, Fernando Pacheco, tem conquistado o público e avançado fronteiras com pinceladas características, olhos marcantes e tons vibrantes. Sua passagem por países como Nova Zelândia, Taiwan, China e Japão, até voltar ao seu local criativo original, resultou na exposição “Fernando Pacheco – Atelier em Movimento”, que o Instituto Cultural Fernando Pacheco realiza, de 21 de maio a 10 de junho, na Casa Fiat de Cultura, no Circuito Cultural Praça da Liberdade. A entrada é gratuita.
Três vídeos, uma instalação e 23 pinturas compõem a mostra, que apresenta uma bagagem pictórica, carregada de riqueza da experiência adquirida neste movimento de transculturalidade e de arte, enquanto linguagem universal. As pinturas em exibição contemplam a influência provocada pelas viagens a terras e culturas diferentes, onde Fernando Pacheco realizou grandes exposições. “A cada nova montagem, um novo ateliê era criado sempre em movimento e em mutação, possibilitando uma troca entre o artista e o público local, tendo como resultado novas nuances de pinceladas já consolidadas”, ressalta o artista, que também assina a curadoria da mostra.
Para o artista, a exposição é uma fração de sua trajetória, representando o caminho percorrido por sua arte. “Eu convido o público a entrar em meu atelier, ver o resultado da minha forma de criar. Uma parte de mim, do que eu crio, do meu espaço e da minha essência estão na exposição. Seja por meio de vídeos, pinturas ou instalações, ali está a movimentação da minha arte, da transformação do meu atelier pelo mundo”, acrescenta Fernando Pacheco.
Dentre as obras expostas, cinco da série “Pianista” chamam a atenção: “No Meio de Tudo, um Olhar Diferente”, “No Meio de Tudo, um Azul”, “Sol Japonês”, “Executar de Cor” e “Piano pra tocar Desenho”. Pacheco explica que o início dessa figura, tão recorrente em suas telas, surgiu a partir de uma ida ao show de Ray Charles: “Ele ao piano, numa profusão de cores, o palco vibrava com tons intensos, tanto na cenografia quanto no figurino. Era lindo e me toquei que o próprio artista não estava vendo essas cores, por ser cego. Era uma beleza que ele não podia apreciar e comecei a pensar que se ele era capaz de criar aquilo, o que ele via na imaginação era mais incrível do que qualquer coisa que estivesse no exterior. O que a gente imagina tem um poder e uma paixão maior que a realidade. Então, olhei dentro de mim e o resultado foi o início da série”, conta Fernando Pacheco. A cada tela da série, o pintor realiza uma metáfora sobre o trabalho do artista, tendo o piano como campo de atuação, o pianista sendo o indivíduo e o som a arte.
A exuberância das cores sobre as telas chamam atenção na obra do artista. Sua paleta parece ser composta exatamente do entusiasmo necessário para transformar um quadro em um campo de batalha de emoções. São metamorfoses do âmago que caminham entre o figurativo e o abstrato, carregado em dramaticidade, memória e vigor criados por viva espontaneidade. É nesse imaginário colorido que outras pinturas a óleo e acrílico sobre tela, todas de grande porte, apresentam ao público um pouco do universo criado por Fernando Pacheco.
Além de pinturas e instalação, três vídeos de autoria de Fernando Batista, da Noir Filmes, completam a mostra. Neles, o público conhecerá um pouco do processo criativo de Fernando Pacheco, além de depoimentos e experiências do artista sobre sua turnê pela Nova Zelândia, Taiwan, China e Japão. “Nesses 40 anos de carreira, pude sair de Belo Horizonte e ir para o mundo. Isso me fez perceber que levo comigo meu atelier a todos os lugares, meu próprio mundo artístico, conversando com outras culturas por meio da linguagem universal que é a arte, num intercâmbio de sensibilidade que agora o público pode conhecer”, enfatiza o pintor.
A exposição é uma realização do Instituto Cultural Fernando Pacheco e do Centro de Arte Fernando Pacheco, com apoio cultural da Casa Fiat de Cultura.
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Tel: +55 (31) 3289-8900
Horário de funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
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