O 4º Programa de Seleção da Piccola Galleria já tem os nomes dos artistas selecionados para expor seus trabalhos na Casa Fiat de Cultura, no calendário de 2021 e 2022: Carolina Botura (Belo Horizonte – MG), Carolina Pereira Soares (Belo Horizonte – MG), Geraldo Zamproni (Curitiba – PR), Mateus Moreira (Belo Horizonte – MG), Osvaldo Carvalho (Rio de Janeiro – RJ) e Rodrigo Mogiz (Belo Horizonte – MG). Os seis trabalhos selecionados são inéditos e desenvolvidos a partir de técnicas diferenciadas de desenho, pintura, escultura, instalação, fotografia e arte em fibra. As mostras serão realizadas ao longo de 2021 e 2022, com duração de 40 dias cada uma e entrada gratuita.
A comissão avaliadora que analisou e selecionou os trabalhos foi composta por um time de especialistas: a historiadora e educadora Janaína Melo, que é curadora e integra o Conselho Internacional de Museus (ICOM-BR); o curador e crítico de arte Márcio Sampaio; e o artista e professor Marco Paulo Rolla, da Escola Guignard.
Em 2020, todo o processo de seleção aconteceu de forma virtual, o que ampliou o acesso e a participação de artistas de todo o Brasil. Em sua quarta edição, o Programa recebeu 217 inscrições, um recorde de participação desde seu lançamento.
Todas as exposições selecionadas no 4º Programa de Seleção serão exibidas na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura, espaço voltado ao incentivo permanente de novas expressões artísticas. Os projetos contarão com ações do Programa Educativo, desenvolvidas em conjunto à curadoria de cada trabalho. Serão realizadas visitas mediadas, para públicos agendados e espontâneos, além de ações especiais de Comunicação nos canais da Casa Fiat de Cultura e na mídia. A mediação é feita com recursos de acessibilidade, para ampliar o acesso do público e a visibilidade dos artistas.
As exposições selecionadas suscitam as mais diversas questões e reflexões. O artista suíço Paul Klee disse que “A arte não reproduz o que vemos. Ela nos faz ver”. E essa é a proposta de alguns dos trabalhos que serão expostos na Piccola Galleria em 2021 e 2022: ressignificar nossa relação com o mundo e as situações banais que nos cercam; promover a nossa identificação com os cenários da cidade, a partir da relação entre memória e espacialidade; provocar o olhar atento sobre os objetos do cotidiano doméstico, que, nos últimos meses, abrigou o nosso mundo inteiro. Os trabalhos abordam, ainda os flagelos, angústias e dramas humanos; a visibilidade (e a invisibilidade) das diversidades afetivas e identidades sexuais e de gênero; e o despertar de diferentes estados de espírito a partir da imersão nas cores de obras de arte.
Todas as ações educativas e de comunicação dialogam com o conceito das exposições, de forma a criar novas reflexões e estimular os visitantes a desenvolverem novas perspectivas sobre as obras expostas. “Um dos pilares de nossa atuação é a formação de novos públicos. A partir de ações educativas, contribuímos para a valorização da arte e o desenvolvimento do olhar crítico sobre diferentes movimentos. Com a Piccola Galleria, aproximamos os visitantes da produção artística contemporânea, além de dar mais visibilidade a artistas de todo o Brasil”, comenta o presidente da Casa Fiat de Cultura, Fernão Silveira.
Em quatro programas de seleção, a Piccola Galleria recebeu 424 inscrições e, entre 2016 e 2020, já apresentou o trabalho de 18 artistas, abrigou 248 obras de arte e recebeu mais de 150 mil visitantes. A sala expositiva é um ambiente dedicado às artes visuais, e sua criação marcou os 10 anos da Casa Fiat de Cultura. Situada ao lado do painel “Civilização Mineira”, de Candido Portinari, no hall principal da Casa Fiat de Cultura, o pequeno recinto é destinado a exposições de curta duração, mas com toda a visibilidade que a instituição enseja. Local intimista e com grande circulação de público, conta com a chancela da Casa Fiat de Cultura e do Circuito Liberdade, um dos mais importantes corredores culturais do país.
“Integrar a comissão de seleção do programa de exposições da Piccola Galeria para o ano de 2021 foi uma ótima oportunidade para entrar em contato e conhecer o trabalho de artistas que atuam em distintas regiões do país. Destaco a densidade das pesquisas apresentadas, que constituíram um corpo: plural, potente e diverso. O que nos permitiu, como comissão, estabelecer frutíferas reflexões sobre a produção artística no tempo presente; reconhecer diferentes estratégias de ocupação do espaço da galeria, bem como potentes enunciados artísticos em diálogo com os públicos.” – Janaína Melo
“A seleção foi feita na direção de se criar uma programação diversa em todos os sentidos, mas mantendo sempre a qualidade artística das propostas como foco! Sempre muito importante que os espaços culturais da cidade ampliem as possibilidades de visibilidade, difusão e desenvolvimento da cultura de nossa cidade, do estado e do país. É assim que me sinto participando de comissões de apoio ao que se produz de cultura no Brasil.” – Marco Paulo Rolla
“Em meio à turbulência que vivemos hoje, iniciativas como a da Casa Fiat de Cultura nos propõem um olhar mais confiante na capacidade de superação por meio da Arte. A comissão bem afinada e atualizada pôde escolher propostas que, ao longo de 2021, irão encantar e provocar o público, conectando-o com diferentes poéticas e ideias como instrumentos que se fazem necessários para entendermos a realidade de hoje. A organização objetiva tornou prazerosa esta tarefa realizada on-line pela comissão.” – Márcio Sampaio
Carolina Botura
Carolina Botura (1982, Botucatu – SP) vive e trabalha em Belo Horizonte- MG. É artista plástica, performer e poeta. Graduada pela Escola Guignard – UEMG em Pintura e Escultura, trabalha com cruzamento e prolongamento de linguagens, tendo a ação como disparadora de sua produção em desenho, pintura, escultura, instalação, performance, vídeo, música e cerâmica. Suas pesquisas estão relacionadas à transformação e ao movimento. Caos e origem atravessados pelo viés do tempo para tratar de temas como animalidade, amor, morte, magia, perda, sexualidade, espiritualidade, energia, política e natureza.
É coidealizadora da VESPA (via de experimento em performance e ação) e da Ex tre MA Residência Artística e do festival de punk, noise, metal, experimentale da residência itinerante em artes vivas, Líquen. A artista integra os projetos plástico-musicais B∆siLåßusi – banda punk noise acionista, O∆H – dedicado ao ritual noise ambiente e seu projeto solo Karø. A artista participou de diversas mostras individuais e coletivas, além de residências artísticas no Brasil e no exterior.
Carolina Soares
Possui graduação e mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG. Em 2016, ingressou no curso de Artes Plásticas da Escola Guignard/UEMG. Seu trabalho artístico incorpora o olhar da arquiteta e urbanista que vasculha os suportes de memória em nossas paisagens citadinas. Já participou de diversas exposições coletivas, como: 3ª Edição da Mostra 40 x 40 na Galeria Mama Cadela, BH/MG; Mostra coletiva na Galeria Orlando Lemos, em Nova Lima/MG; Mostra coletiva na Galeria Sancovsky, em São Paulo; Mostra coletiva na Zipper Galeria, em São Paulo; Mostra Coletiva Estado de Poesia, na Galeria Orlando Lemos, em Nova Lima/MG; Mostra Coletiva Estado de Poesia, na Galeria Orlando Lemos, em Nova Lima/MG; I Feira Livre de Arte Contemporânea de B H – FLAC, no Espaço 104, BH/MG; Mostra Coletiva no Centro Cultural da Universidade Federal de São João del Rei/MG. Em março de 2020, estreou sua primeira exposição individual, “Sobre o nada eu tenho profundidades”, na Galeria de Arte do Espaço Político-Cultural Gustavo Capanema, em Belo Horizonte.
Geraldo Zamproni
Geraldo Zamproni é arquiteto e urbanista por formação (pela Universidade Estadual
de Londrina) e artista há quase duas décadas. Sua formação artística se inicia em 2002, por meio do ateliê de Edilson Viriato, que frequenta até 2007. Em 2002, começa a participar de exposições nacionais, e, já em 2005, participa de sua primeira internacional. Dentre as principais exposições internacionais de que participou, destacam-se cinco
edições da Sculpture By The Sea, na Austrália e na Dinamarca (2014/2015/2016/2019); Heysen Sculpture Biennial, em Adelaide, Austrália (2019); Art in Odd Places (AiOP), em
Nova York, EUA (2012); Bienal do Milênio, em Granada, Espanha (2011).
No Brasil, destaca-se sua participação nas exposições Via Aérea, no SESC Belenzinho, em São
Paulo (2018); SEUmuSEU ExpoExperimento (2013) e Diálogos da Resistência (2012), ambas realizadas no Museu Nacional da República, em Brasília. Também já teve
exposições individuais, em que se destacam Elementos de Risco (Evento de Impacto) (2019) e Estrutura Volátil (2013 e 2012), ambas realizadas no Complexo Cultural da
Funarte, em Brasília; Estruturas Brincantes, realizada no Museu Oscar Niemeyer, em
Curitiba (2012); e Sustentabilidade, realizada tanto no Paço das Artes, em São Paulo, quanto no Museu de Arte Contemporânea do Paraná, em Curitiba, ambas em
2010. Em 2011, Zamproni foi agraciado com o prêmio Atos Visuais de Arte
Contemporânea, concedido pela Funarte.
Mateus Moreira
Vive e produz em Belo Horizonte. É estudante de Pintura de Desenho no curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais. Já realizou exposições coletivas e individuais, como: Resiliências – Galeria Nello Nuno, Fundação de Arte de Ouro Preto, FAOP; Memória: reflexos e resgate – Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais; Deriva XI – Centro de Referência da Juventude, CRJ; Horas – Galeria da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais; Memória do corpo – Godarc Galeria Multicultural; e Deriva XII e Deruva XIII, ambas no Centro de Referência da Juventude.
Osvaldo Carvalho
Osvaldo Carvalho vive e trabalha no Rio de Janeiro. É mestre em Poéticas Visuais pela ECA-USP. Iniciou as atividades artísticas em 2000, com o Prêmio Interferências Urbanas. Desenvolveu os estudos na EAV-Parque Lage e na Oficina de Escultura do Museu do Ingá, em Niterói/RJ. Participou de diversas exposições coletivas e salões, em cidades como Rio de Janeiro, Juiz de Fora, Niterói, Criciúma, Campo Grande, Ribeirão Preto e Porto Alegre. Foi Artista Finalista do 7º Prêmio Marcantonio Vilaça, em São Paulo, em 2019. Também foi premiado com a Bolsa para Desenvolvimento de Projeto no Prêmio Brasil Fotografia 2017, realizou Residência Artística na Dinamarca em 2016, e recebeu Destaque na Revista Digital da Fundação Iberê Camargo, de Porto Alegre/RS, em 2007.
Rodrigo Mogiz
Rodrigo Mogiz (1978, Belo Horizonte) vive e trabalha em BH. Bacharel em Pintura e Desenho pela Escola de Belas-Artes da UFMG, também realiza curadorias e trabalhos comunitários. Sua obra autoral aborda poéticas que transitam entre o desenho, a pintura e o bordado, usando, também, aplicação de miçangas, rendas e alfinetes. Suas obras criam narrativas muito poéticas e delicadas, que exalam grande força e extremo rigor criativo.
Desde 2000, participa de exposições individuais e coletivas em todo o Brasil, em instituições públicas e privadas, como o Museu Guimarães Rosa (Codisburgo/MG), a Galeria de Arte CEMIG e Galeria de Arte Copasa (Belo Horizonte). Foi selecionado para vários salões e festivais, como: 20º Salão Anapolino de Arte, Anápolis/GO (2014), Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana – Salão Diamantina, Ouro Preto/MG (2013). Seu trabalho também abrange a performance como “Enquanto desenho na sua superfície”, na exposição “Sobre o que se desenha” (Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte/MG – 2015); e “Borde Comigo” (Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte) e Casa do Baile, também em BH – exposição Entre(Linhas) – 2014.
Janaína Melo
Janaina Melo é historiadora e educadora pós-graduada em pesquisa e ensino de arte contemporânea pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Trabalha há duas décadas como profissional de museus nas áreas de educação, investigação e desenvolvimento de programas públicos e curatoriais em diferentes instituições: Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (MG); Instituto Inhotim, Brumadinho (MG), Museu do Ingá, Niterói (RJ). Durante sete anos, foi Gerente de Educação do Museu de Arte do Rio – MAR (RJ), contribuindo para a criação e o desenvolvimento do projeto pedagógico do museu denominado Escola do Olhar. Dentre as curadorias que realizou, destacam-se: Meu Mundo Teu – mostra individual de Alexandre Serqueira co-curadoria com Clarissa Diniz (Museu de Arte do Rio, 2016); Há Escolas que são gaiolas, há escolas que são asas, em cocuradoria com Paulo Herkenhoff (Museu de Arte do Rio, 2014). Em 2018, realizou a curadoria da exposição individual de Paulo Nazareth Faca Cega, no Museu de Arte da Pampulha, em BH. É membro e integra o Conselho de Administração do ICOM-BR (Conselho Internacional de Museus). Vive e trabalha em Belo Horizonte.
Márcio Sampaio
Desde os anos 1960, participa intensamente da vida cultural de Belo Horizonte, atuando como jornalista, escritor, crítico de arte, artista plástico, curador e gestor (Museu de Arte da Pampulha e do Palácio das Artes). Professor aposentado da Escola de Belas Artes da UFMG. Membro da Academia Mineira de Letras, desde 2015. Publicou livros de poesia, ficção e ensaios críticos sobre a obra de artistas mineiros, entre os quais, Mário Behring, Jorge dos Anjos, Álvaro Apocalypse, Eliana Rangel, Nello Nuno. Produziu cerca de 800 textos críticos publicados em catálogos, jornais e revistas. Realizou várias exposições individuais, tendo participações em coletivas e salões no Brasil e no Exterior, apresentando pinturas, desenhos, obras conceituais, poemas visuais e instalações. Sua obra se acha registrada no livro “Declaração de Bens”, e tem sido analisada por estudiosos em livros e meios eletrônicos. Em 2019, recebeu prêmio honorífico da Associação Brasileira de Críticos de Arte.
Marco Paulo Rolla
Marco Paulo Rolla é um artista multidisciplinar que desenvolve pesquisa artística desde 1987. Ele vive e trabalha em Belo Horizonte. Fez residência na Rijksakademie van Beeldende Kunsten – Amsterdam, Holanda, em 1998 e 1999. Desde 2001, é criador, coordenador, curador e editor do CEIA – Centro de Experimentação e Informação de Arte, além de professor da Escola Guignard, desde 2009. Realizou exposições individuais no Brasil, na Alemanha, na Argentina e na Holanda. Participou de exposições coletivas no Brasil e no exterior, como Sonsbeeck 2016, na Holanda, a programação de Performance da 29ª Bienal de São Paulo, em 2010, e a exposição “Terra Comunal”, com curadoria de Marina Abramovic, SESC São Paulo 2015.
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