Um presépio napolitano, mas com características e identidade mineira. O 10º Presépio Colaborativo da Casa Fiat de Cultura está ambientado em um cafezal com cerca de 50 árvores, produzidas a partir de materiais recicláveis, criando uma atmosfera do início da imigração italiana no Brasil. As grandes empresas italianas, que começaram como negócios familiares, terão destaques para representar a importância do empreendedorismo, do made in italy e da força da família e do trabalho. Ícones da arquitetura e importantes personalidades italianas irão compor a cena natalina em que o verde e vermelho, cores tradicionais do Natal e da bandeira da Itália, ganham destaque. Um caminho inspirado nos tapetes devocionais das cidades históricas mineiras, em uma versão ecológica, será criado. A Sagrada Família e os Reis Magos, que também serão personalidades italianas, estarão em destaque dando foco no amor e na proteção à natureza.
A renda e a chita vestem nossas histórias, tecendo uma trama que se situa entre o pessoal e o coletivo. Memórias afetivas e o legado ancestral que permeia esses tecidos fazem parte desta exposição inédita, realizada pela Casa Fiat de Cultura em conjunto com o Museu A CASA do Objeto, e parceria com a Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais. A mostra reúne 25 modelos de renda e chita criados por renomados estilistas brasileiros, como Ronaldo Fraga, Graça Ottoni, Renato Loureiro, Dudu Bertholini, Glória Coelho, Zuzu Angel, Lino Villaventura, Luiz Cláudio, entre outros, além de nomes que mostram a potência e a vivacidade da nova geração como Criola e Aislan Batista. O acervo vai dos anos 70 até criações feitas especialmente para a exposição, destacando a moda como um espaço de celebração da diversidade, da inovação e da riqueza das influências culturais que formam a identidade brasileira. Com curadoria de Carolina Bicalho, Renata Mellão, Silvia Fernandes e Sonia Kiss, a exposição direciona o olhar sobre as formas, as composições e os significados evidenciados pela cultura da moda num diálogo entre o design e o artesanal, enfatizando a tradição popular e o que transforma o comum em extraordinário.
O artista visual Rafael Vilarouca retrata em suas obras a cidade como interface e inspiração para discutir a relação entre corporeidade, arquitetura e urbanismo e suas interconexões entre o individual e o coletivo. A partir de registros fotográficos, digitais e analógicos, além de pequenas interferências digitais e colagens, o artista cria uma cartografia imagética do Ceará, sua terra natal, com 60 imagens em 20 trípticos. A exposição foi escolhida no 7º Programa de Seleção da Piccola Galleria. As imagens revelam as diferenças das regiões Norte, Sul e Central do estado, e apresentam uma visão crítica e autoral sobre a trajetória de Rafael como artista, além de discutir sobre a importância dos grandes centros e o esvaziamento e o esquecimento dos pequenos municípios. Como em um colecionismo, ele guarda diferentes momentos, mas sempre com seu olhar, propondo questionamentos instigantes sobre a relação entre o sujeito e o espaço. A nova paisagem criada pela expografia é capaz de apontar caminhos tortuosos em direção a entendimentos – ora angustiantes, ora aliviantes – sobre memória e esquecimento na experiência de tempo contemporâneo.
Filho de imigrantes italianos, Pancetti retratou como ninguém o beijo entre o mar e a areia. O artista foi pintor de paredes e trabalhou na marinha brasileira – ofício que influenciou fortemente a sua obra e a relação com o mar. Autodidata, foi um dos grandes pintores do país, tendo sido premiado algumas vezes ao longo da trajetória. As marinhas são a sua faceta mais conhecida, mas ele também pintava naturezas-mortas, paisagens e retratos, em obras singulares, muito líricas e poéticas. Esta é a primeira mostra individual do artista realizada em Belo Horizonte, destacando toda a sua trajetória e jeito único de retratar o cotidiano. Com curadoria de Denise Mattar, a exposição apresenta 46 trabalhos realizados entre 1936 e 1956 – alguns nunca exibidos anteriormente para o público, como a obra inacabada “Composição – Bahia Interior o meu atelier, Itapoan” –, além de uma cronologia ilustrada e uma instalação imersiva, que reúne músicas de Dorival Caymmi, imagens e sons do mar. Também será apresentado um documentário inédito, produzido por Ula Pancetti, neta do artista. A exposição traduz o caráter afetivo e emocional de Pancetti que chegou a dizer: “Tudo o que pinto é com amor. Só sei pintar com amor”.
A exposição do artista visual Higo José traz uma releitura, em bordados, de pinturas rupestres nacionais, principalmente aquelas encontradas no Ceará, na Serra da Capivara, e em Minas Gerais, no Vale do Peruaçu. Ao traduzir essas pinturas feitas em pedras para linhas entrelaçadas e tecidos, o artista desperta novos interesses, por meio de obras têxteis, que para além do peso da história, carregam a tradição do bordado. Os diferentes animais representados são reorganizados a partir de padrões subjetivos, em uma catalogação poética, que pensa as cores e a disposição de forma minuciosa. Uma nova narrativa linear é criada para cada obra e, assim, surgem novas histórias para se contar. São nove bordados e sete esculturas que, para o artista, terão seu sentido completo por meio da experiência do público dentro da galeria. O objetivo é instigar as pessoas a pensar nesses animais, espaços e situações criadas. Como um arqueólogo, Higo investiga e descobre novas formas de se comunicar com o mundo usando uma atividade exclusivamente humana: a criação de formas simbólicas às quais damos o nome de arte.
O que uma cachorrinha branca com bolinhas vermelhas, orelhas compridas e língua de fora pode ensinar sobre arte, cultura e valores de um país? Conheça Pimpa: essa alegre, curiosa e aventureira personagem vai apresentar a Itália com suas tradições, belezas e ícones culturais como arte, design, história, natureza e gastronomia. Fruto da imaginação e técnica do renomado cartunista italiano Francesco Tullio-Altan, ela chega ao Brasil, pela primeira vez em formato de uma instalação interativa, para apresentar um país em que os brasileiros e, principalmente, os mineiros podem se reconhecer em vários aspectos. Em um percurso lúdico e imersivo, será possível interagir com diferentes ambientes para completar desafios e jogos. De forma divertida, adultos e crianças vão conhecer mais sobre a Itália e pensar em suas similaridades com a cultura brasileira. O projeto é uma parceria da Casa Fiat de Cultura com o Consulado-Geral da Itália em Belo Horizonte.
A exposição integra o evento de cultura e arquitetura Modernos Eternos, que esse ano ocupa o Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG), importante edificação da construção de Belo Horizonte, patrimônio histórico e cultural da cidade. O prédio foi projetado pelo arquiteto Edgard Nascentes Coelho, que chegou em Belo Horizonte em 1894 para ser o principal desenhista da seção de Arquitetura da Comissão Construtora da Nova Capital. Edgard também é autor de importantes prédios públicos ainda vistos na paisagem da capital mineira, como a antiga Estação da Central (1896), a Igreja de São José (1901), o prédio do Arquivo Público Mineiro (1897) e o coreto da Praça da Liberdade (1913). A exposição proporciona, por meio de fotografias, desenhos arquitetônicos e cartões postais originais, uma visão da primeira paisagem da cidade e do estilo eclético dos projetos do arquiteto. O acervo do mobiliário da época do Instituto de Educação (IEMG) ativa o imaginário e a memória da Belo Horizonte eclética ampliando a percepção desse período para além da arquitetura. Jeanne Milde, artista modernista e educadora na Escola Normal da instituição, também faz parte dessa história: a mostra conta com três peças da escultura do acervo do Museu Mineiro, incluindo a emblemática “As Adolescentes” (1937).
A interação entre a superfície e o espaço geométrico é a base dos estudos da artista plástica Mozileide Neri, que propõe em suas obras a coexistência dos diferentes campos de cor em sobreposições de camadas cromáticas com a criação de elementos e formas irregulares. A série apresenta mais de 340 colagens – obras em pequenos formatos –, que sintetizam as motivações da artista sobre a poética da arte geométrica e o reaproveitamento de materiais. O principal objetivo desta proposta é expandir os estudos e o legado de Maria Leontina, Lygia Clark e Lygia Pape, inspirações para a artista. A exposição se destaca, também, pela acessibilidade que, para além de um recurso, é um conceito que se evidencia na composição expográfica. Legendas das obras em fonte ampliada e braille, um vídeo acessível e um conjunto de obras táteis integram a exposição. Essas obras surgiram a partir dos estudos sobre acessibilidade cultural e apresentam superfícies de diversas texturas e cores, construídas para a interação sensorial de todos os públicos, pessoas com e sem deficiência, que possibilitam também a experiência do toque.
Revela é a primeira exposição de Coniiin. O artista, que foi escolhido no 7º Programa de Seleção da Piccola Galleria, teve seu primeiro contato com uma câmera fotográfica aos 18 anos e, desde então, retrata temas com os quais se identifica e pessoas que o inspiram. Através das lentes, captura uma série de detalhes, que celebram o tempo, os contornos, a identidade e a diversidade da pele negra. Em 12 fotografias e uma instalação em lambe-lambe, Coniiin revela a alma da cidade, a sua intimidade com o universo das fotos e o interesse em despertar a consciência das pessoas sobre memória e mudanças.
Para além dos museus, onde estão as obras de arte? A salvaguarda de acervos brasileiros também se encontra com colecionadores, galerias, ateliês e instituições que, ao adquirir e guardar, mantêm viva e preservada a memória, as histórias e a cultura de um povo. A Casa Fiat de Cultura promove investigações localizando acervos que compõem o mapa da arte brasileira, revendo, assim, a trajetória da arte em Minas Gerais e no Brasil. A exposição “Visível Sensível: do colecionismo ao museu na Casa Fiat de Cultura”, com curadoria de Rodrigo Vivas, apresenta 50 obras entre esculturas, pinturas, desenhos e gravuras que foram colecionadas ao longo de quase seis décadas e que hoje constituem a coleção do Centro de Memória Usiminas. A mostra se destaca pela diversidade das obras que abrangem os séculos XX e XXI. Esta seleção inédita está sendo apresentada pela primeira vez ao público fora de seu território e reúne grandes nomes de artistas mineiros e da cena brasileira como Amilcar de Castro, Lorenzato, Yara Tupynambá, Amélia Toledo, Bruno Giorgi, Jorge dos Anjos, Franz Weissmann, Manfredo Souzanetto, Marcos Coelho Benjamim, Tomie Ohtake, Nello Nuno, Chanina, Siron Franco, entre outros. O acervo contribui para a pesquisa de arte brasileira e da história da arte do Brasil e de Minas Gerais, além de promover acesso democrático a coleções particulares.
Potência e brutalidade. A exposição “Três Tempos”, de Julia Arbex, destaca o carvão como matéria-prima enquanto devaneia sobre temporalidade. Presente no mundo antes mesmo dos seres humanos, o carvão é um material versátil. Na exposição, esse material é a base de duas séries de obras que dialogam com o transitar de placas tectônicas e seu poder de transformação e reconfiguração. Em “Deslocamentos Continentais”, cada desenho é resultado do deslocamento da massa de carvão, transferida e reconfigurada de um primeiro desenho para o que agora são apresentados, através da água. Já na série “Terra Plana”, sete recipientes de vidro apresentam mapas que foram transferidos para a água a partir de um desenho feito em carvão sobre papel. Na mostra, a artista revela um desenho interessado não só na imagem, mas no corpo dos materiais e no encontro entre eles.
Uma reflexão sobre o cotidiano e a percepção dos lugares por meio da escrita e do desenho. A artista gaúcha Fernanda Fedrizzi apresenta na mostra “o lugar na palavra” seis obras entre cartazes e publicações, que poderão ser manuseadas e lidas pelo público. Uma das discussões apresentadas está nos sentidos e significados que podem ser empregados às palavras e expressões. A compreensão do lugar como trânsito, percurso ou deslocamento do pensar também é proposta pela artista que, com sua trajetória pela arquitetura, traz uma elaboração sistemática e reflexiva sobre a temática. A exposição apresenta a elaboração de conceitos em movimento, de uma escrita que surge da percepção sensível daquilo que é experienciado no cotidiano. A ideia é provocar um pensar sobre o lugar na palavra, ou da palavra, nas experiências mundanas.
Um céu de verão na Lagoa da Pampulha, seus personagens cotidianos e a famosa igrejinha projetada por Oscar Niemeyer, com a azulejaria de Candido Portinari, dão vida à 9ª edição do Presépio Colaborativo da Casa Fiat de Cultura.
A instalação artística celebra os 80 anos do Conjunto Moderno da Pampulha, símbolo do modernismo brasileiro e um dos cartões postais de Belo Horizonte, os 120 anos do nascimento de Portinari e os 800 anos do primeiro presépio da história, criado por São Francisco de Assis, padroeiro da natureza e dos animais. E é neste rico cenário de referências, produzido com a reutilização criativa de materiais reciclados, que a Sagrada Família e os Três Reis Magos são apresentados ao público.
Neste ano, o curador Leo Piló propõe uma busca pela simplicidade e pela harmonia do ser humano com o que está à sua volta. Com peças únicas, produzidas com a colaboração do público, é revelada a importância da sustentabilidade e da conexão com temáticas universais.
A maior exposição já realizada fora do Museu de Arte da Pampulha (MAP) reúne cerca de 200 obras do acervo da instituição, que atravessam a arte brasileira entre os séculos XX e XXI. Com curadoria de Marcelo Campos e Priscila Freire, a mostra revela uma dimensão singular da coleção, unindo arte popular, contemporânea e grandes nomes do modernismo brasileiro. Algumas obras serão apresentadas pela primeira vez ao público, além da montagem inédita de um Presépio com cerca de 300 peças criadas por artistas do Vale do Jequitinhonha. A exposição abrange a história do Conjunto Moderno da Pampulha, o caráter de vanguarda do MAP em sua trajetória de seis décadas e a presença da natureza e do cotidiano na cena artística, promovendo um novo olhar sobre a arte brasileira. Um verdadeiro encontro entre o utópico mundo do modernismo e o universo experienciado por quem vive Minas e, também, o tradicional cartão postal belo-horizontino.
A ancestralidade e a mulheridade afro-indígena estão presentes na exposição da artista visual baiana Jessica Lemos. Em uma mistura de referências do rural e do urbano, é possível encontrar na estética da artista expressões e temáticas que remetem ao sertão e às suas memórias afetivas. Nas sete obras presentes na Piccola Galleria, a ancestralidade e a força feminina estão presentes de diferentes formas. Como elemento recorrente, a mandioca, alimento sagrado e importante para a cultura dos povos originários, é revelada em sua força vital e ainda faz alusão a necessidade latente do respeito a natureza e da reconexão com a terra.
A imensidão, os mistérios e fluidez de um oceano profundo convidam para um mergulho na arte digital. Fruto da criatividade de artistas brasileiros, a exposição OCEANVS – Imersão em Azul, apresenta projeções artísticas 3D, capazes de provocar os sentidos em uma experiência sensorial que simula o fundo do mar. Inspiradas pela água, elemento essencial para a vida, as imagens e a trilha sonora estimulam a reflexão sobre a relação individual de cada um com este bem precioso e essencial. Com curadoria de Antonio Curti e direção criativa de Felipe Sztutman, a obra é um chamado para imergirmos no elemento mais abundante em nosso planeta: a água. A visitação é gratuita.
Pinturas em pequenos formatos, produzidas no período de confinamento da pandemia, revelam mulheres solitárias, enclausuradas na maior parte das vezes em seus ambientes domésticos. Foi assim que a artista carioca Lígia Teixeira deu sentido àquele momento de vazio e de suspensão da vida. A exposição retrata a (sobre)vivência durante o isolamento e em um momento em que, existencialmente, estavam todos sozinhos. Em 32 telas, ela reflete sobre o universo feminino, suas inquietações e representações sociais diante do imaginário coletivo. Muitas vezes em cenas monótonas, tediosas e, justamente por isso, brutalizantes, as obras são uma alusão a todas as mulheres e uma metáfora para se discutir o silenciamento e apagamento do ser feminino ao longo dos séculos.
Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Jorge Zalszupin, Sérgio Rodrigues são alguns dos principais nomes do design modernista no Brasil. Obras destes e de outros designers do século XX estarão em destaque na Casa Fiat de Cultura, em uma exposição que revela as conexões entre o advento do design e do modernismo como movimentos internacionais que floresceram no Brasil. A mostra evidencia a cadeira como objeto antrópico, expressivo e multidimensional, capaz de despertar memórias, contar histórias e revelar status e posições sociais. O mundo das cadeiras e suas infinitas possibilidades são exploradas na exposição em um recorte entre as décadas de 1930 a 1980 apresentando o vigor das formas modernistas. A exposição faz parte das comemorações dos 80 anos do Modernismo da Pampulha e é uma parceria com o “Museu da Cadeira Brasileira – MuC” e o evento cultural “Modernos Eternos BH – 2023”.
A Fístula é um canal patológico que cria uma comunicação entre duas vísceras, podendo ser aberta de forma intencional, para se ter acesso ao interior de um organismo. Esse também é o nome da nova exposição da Piccola Galleria. Entre paredes brancas e cinzas e cubos com tampo de aço inox, a mostra dá luz à frieza dos laboratórios e às experimentações com animais. Os “ratinhos de laboratório” aqui são produzidos em cerâmica, colocando em choque a estranheza de répteis com aspecto de mutação e deformações e a delicadeza do material. A mostra é composta por 18 esculturas de rato e uma de ovelha, questionando a relação do ser humano com os outros animais, além do especismo e das justificativas para experimentos científicos.
A partir da experiência da maternidade de seu primeiro filho e de sua partida com apenas cinco dias após o nascimento, a artista Daniela Schneider encontra, por meio da arte, uma forma de expressar esse processo tão íntimo, e ao mesmo tempo coletivo, que atinge tantas mulheres. A exposição apresenta um conjunto de fotografias e cinco esculturas em tecido realizadas com a técnica do crochê em tons de rosa e vermelho. Essas estruturas fazem referência aos corpos, cheios ou murchos, grávidos ou vazios, com ou sem vida e que podem ser vistos também como órgãos e vísceras, especialmente femininos. Através das esculturas, que podem ser sentidas e tocadas, há uma tentativa de provocar questões individuais do público e tentar demonstrar os momentos vividos pela artista, principalmente sua transformação como pessoa e artista. As imagens das fotografias, presentes na exposição, demonstram os sentimentos externalizados em movimentos de uma performance que vai do amor até a dor e de volta ao amor.
Você está convidado para uma viagem ao universo do poeta Dante Alighieri, pelo olhar cênico da artista italiana Valentina Vannicola. A série de 15 obras fotográficas, baseadas no gênero tableau vivant (fotografia encenada), representa algumas cenas clássicas do Inferno, o primeiro reino da Divina Comédia. Com investigações estéticas apuradas e rigor cinematográfico, Valentina escolheu sua cidade natal, Tolfa, ao norte de Roma, para produzir as imagens. Transformando as fotografias em um projeto coletivo, o trabalho envolveu a comunidade local, com a encenação de atores não profissionais. A paisagem árida, o céu acinzentado e a retórica medieval foram inspirações para as imagens, que se destacam pela clareza dramatúrgica e composição em um estilo de inspiração surrealista. Um ambiente imersivo foi criado para aqueles que se aventurarem a atravessar o portal em que a literatura encontra outras artes. A mostra é uma parceria da Casa Fiat de Cultura com o Consulado da Itália em Belo Horizonte e o Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro.
Em “A Terceira Margem”, o artista Henrique de França apresenta 7 obras em lápis sobre papel que reconstroem a realidade a partir da justaposição de imagens antigas e oníricas. Figuras humanas e paisagens comuns convidam o visitante a explorar as diversas possibilidades do imaginário e a criarem suas próprias narrativas a partir do que é visto na tela. Para criar seus trabalhos, Henrique escolhe fotografias antigas, de forma aleatória e sem qualquer relação sentimental com as imagens, e, a partir daí, reconfigura os elementos que, posteriormente, servirão de inspiração para sua obra. Ao recriar essas fotografias por meio do desenho, ele investiga a identidade brasileira, suas histórias e costumes, cruzando a memória individual e a coletiva a partir do que é registrado pelas lentes. O nome da exposição é uma clara referência ao conto “ A terceira margem do rio”, de João Guimarães Rosa. Assim como no conto, a mostra leva o público por um percurso cheio de perguntas e lacunas que podem ou não ser completadas pelo espectador.
O azul e verde, predominantes nas obras de Alberto da Veiga Guignard, foram destaque na 8ª edição do Presépio Colaborativo da Casa Fiat de Cultura, que fez uma homenagem ao artista. A cena principal é ambientada em uma Belo Horizonte dos anos 1940. A tradicional Sagrada Família e os animais são apresentados em um jardim inspirado no Parque Municipal da capital, que foi tema de Guignard em sua produção artística. A representação dos Reis Magos expressa a beleza da fé e a diversidade da religiosidade brasileira. Tudo foi feito com reaproveitamento de materiais de uso doméstico, enfatizando a importância da reciclagem e preservação da natureza.
A exposição EntrePanos: rupturas do moderno e contemporâneo na Casa Fiat de Cultura apresentou uma seleção de mais de 20 artistas de diversas gerações que se apropriam dos tecidos como experiências artísticas e composição de suas tramas poéticas. O acervo reuniu obras, reproduções e referências estéticas de nomes como Tarsila do Amaral, Hélio Oiticica, Flávio de Carvalho, Ronaldo Fraga, Arthur Bispo do Rosário, Nazareth Pacheco, Lyz Parayzo, Claudia Andujar, entre outros. A singularidade das criações – que atravessam um século de produção artística – dialogam com temáticas tais como questões de gênero, etnia, sustentabilidade e identidade cultural, temas essenciais para a compreensão e construção de nosso tempo.
Um entrelaço entre a memória, a ancestralidade, a fabulação e a “escrevivência”, termo cunhado pela escritora Conceição Evaristo. Assim, a artista Josi definiu o conceito de sua exposição Quarar Reverso. Na mostra, a infância em Carbonita, no Vale do Jequitinhonha, e as vivências da artista foram transformadas em temperos que constroem a paleta de cores e a matéria-prima de suas obras. Com o caldo do feijão preto, terra e temperamentos, ela mistura lembranças às experiências cotidianas, apresentando ao público um conjunto de objetos e pinturas sobre papel e tecido, obras vivas e em constante transformação. O quarar, que nas lições de lavagem de roupas persegue o alvejar no estender ao sol, aqui é acionado em reverso, como cultivo de manchas reveladoras de figuras em caldos de fervura e decantação.
O universo e os corpos femininos coloriram a Casa Fiat de Cultura com a mostra Pilotis. Foram cerca de 60 obras, entre pinturas, esculturas de tecido e instalações, que instigam e convidam o público para uma participação ativa durante o percurso expositivo: é a obra no corpo e o corpo na obra. Em um movimento contínuo, a temática e esses contornos ganham uma trajetória que explora o sentir, o ser, o olhar e o tocar pretendido pela artista, Katia Wille. Pilotis é um acontecimento que marca o trânsito entre o dentro e fora, uma exposição sobre percurso de retorno ao desejo e a volta à vida
Baseada em uma história em quadrinhos, Gemini, de Rogi Silva e Clémence Bourdaud, foi fruto do diálogo entre os dois artistas – um brasileiro e uma francesa – que desenham de maneira metafórica suas experiências. Na exposição, a HQ é transportada para uma instalação digital e interativa, narrando a história de uma mulher que, depois de comemorar o Dia da Festa Nacional Francesa, dorme ao som dos fogos de artifício e sonha com suas próprias silhuetas. A exposição foi uma parceria entre o Serviço de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França, a Aliança Francesa de Belo Horizonte e a Casa Fiat de Cultura e integrou a programação do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) e do Festival Liberté, da Aliança Francesa.
A mostra do artista Ian Gavião reuniu um conjunto de esculturas moldadas em parafina e criadas a partir do diálogo entre diversas linguagens artísticas, notadamente a literatura e a performance arte. Uma matéria mutável e quebradiça, das velas ligadas aos ritos e tradições, que apontam em suas texturas a impermanência, o movimento fluido e o tempo. Sobretudo uma matéria parecida com a vida, e aqui aditivada pela cor preta, que traz em sua simbologia o mistério, a noite, o luto. “Entre o sono e a vigília” circulou entre dois mundos, entre o velar e o dormir, sobrevoa por uma realidade repleta de mistérios, abrindo um espaço para o imaginário e a fabulação.
Serrapilheira, mostra do artista Raul Leal, inverteu a imagética tradicional construída pelos artistas viajantes de um Brasil eternamente verde. Em uma coleção de 27 fotos – em madeira e papel –, o artista mesclou dois tipos de registro. Na série Ventania, as fotografias apresentam árvores, secas e solitárias, que se mantêm resilientes na natureza sofrida dos arredores de Miracema, no Rio de Janeiro, em imagens sobrepostas. Na série Rebento, o artista faz a catalogação de mudas de espécimes sobreviventes, que ainda podem reflorestar o deserto naquela região fluminense.
Nos primeiros meses da pandemia, isolada em casa, a artista Olívia Viana pintou baleias encalhadas em encontros com seres humanos, propondo reflexões sobre a existência e a animalidade. A exposição apresentou 12 dessas telas, que representam situações de estranhamento, surpresa e inutilidade, trazendo a baleia como uma metáfora, que questiona a nossa relação diante de uma presença inesperada e as nossas ações, quando estamos repletos de impotência, solidão e incertezas.
Sucesso de público e engajamento, a exposição “Aleijadinho, arte revelada: o legado de um restauro na Casa Fiat de Cultura” foi abordada no minidocumentário que percorre as etapas do complexo e minucioso trabalho de restauro de obras do mestre Aleijadinho. O minidocumentário relembra as descobertas da restauração com o uso de raio X e luz ultravioleta e registra a entrega das obras restauradas às comunidades.
Para o artista Osvaldo Carvalho, que vive na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, “balada” é uma gíria para “ser baleado”, “levar um tiro”. Pensando nos múltiplos sentidos dessa palavra, foi ela a escolhida para dar nome à sua inédita exposição individual, montada na Piccola Galleria. Plantas, pichações e outdoors, entre outros elementos cotidianos, compõem 16 pinturas em acrílica. Entre o vidro e a tela, projéteis reais, colecionados por Osvaldo ao longo dos anos, completam as obras. A partir delas, são propostos questionamentos sobre a banalidade dos nossos dias e a nossa relação com o mundo.
Em sua sétima edição, o Presépio trouxe como foco a valorização da brasilidade e da vida simples, unindo um sonho lírico à espiritualidade. Utilizando diferentes materiais recicláveis, o curador Leo Piló criou um cenário inusitado e colorido, que remetia às casas do Brasil. O espectador foi transportado para uma atmosfera familiar e cativante, que conciliava tradição e inovação.
O público teve a oportunidade de apreciar o restauro de três obras do século XVIII do mestre Aleijadinho (1738-1814). A exposição celebrou a reabertura da Casa Fiat de Cultura, evidenciando a importância da salvaguarda do patrimônio cultural para a arte, a história e o conhecimento das raízes da nossa identidade.
Na mostra virtual “Desolação”, o artista Mateus Moreira tenta descobrir no mundo da pintura os segredos e mensagens do inconsciente. Suas obras são uma tentativa de adentrar no universo do inconsciente na busca por respostas a toda vivência hostil e conflituosa do cotidiano.
A exposição virtual “Na boca da mata Ah”, da artista plástica Carolina Botura propôs uma atmosfera de encantamento com a natureza, convidando o público a sentir essa conexão universal e reforçando que uma das questões mais importantes a ser considerada, atualmente, é a nossa relação dissociada com o meio ambiente. Um grande portal de sementes, cinco pinturas, e uma instalação 3D compuseram a mostra.
Fotos antigas, camisas e bordados tecem uma ponte entre o passado e o presente na exposição virtual “Aqueles (In)visíveis”, do artista belo-horizontino Rodrigo Mogiz, selecionado no 4º Programa de Seleção da Piccola Galleria. A mostra apresentou bordados e fotografias que propunham uma reflexão sobre as relações entre palavra e imagem e um olhar para a questão da visibilidade ou invisibilidade das diversidades afetivas e identidades sexuais e de gênero.
Cones de trânsito, postes de luz e emaranhados de fios, elementos que, no dia a dia, passam despercebidos ao nosso olhar, ganharam protagonismo nas pinturas da exposição “INsignificâncias”, de Carol Peso, artista selecionada no 4º Programa de Seleção da Piccola Galleria. A mostra abordou a relação de familiaridade das pessoas com alguns objetos, ao resgatar elementos quase invisíveis da vida cosmopolita, que ganham destaque em sua obra.
A exposição “SAGOMA”, de Henrique Detomi, ressignifica paisagens naturais em pinturas e esculturas que combinam formas fluídas e espaços vazios. Dissecar a relação afetiva com os espaços naturais e urbanos, ao mesmo tempo em que discute o que é natural ou artificial e a interferência dos homens com a paisagem a seu redor, foram algumas das reflexões propostas pelo artista.
O Presépio Colaborativo da Casa Fiat de Cultura, em sua 6ª edição, pôde ser apreciado por meio de recursos online apresentados pelo Programa Educativo. A simplicidade foi a base conceitual desta edição. Seja na escolha do papel Kraft e do papelão como materiais principais para a construção das cenas e dos objetos tradicionais, seja na mensagem central: a valorização das pessoas comuns que transformam o mundo.
A Casa Fiat de Cultura e o Consulado da Itália em Belo Horizonte apresentaram a exposição “Morar contemporâneo: os 4 As do Made in Italy”, no Janelas CASACOR Minas Gerais. A exposição retratou como o design permeia a indústria italiana nos seus 4 pilares: Arredamento (Mobília), Abbigliamento (Vestuário), Alimentare (Agroalimentar) e Automazione (Automação).
A Casa Fiat de Cultura, em parceria com o MIS de São Paulo, o Museu da Imagem e do Som, trouxe para as redes sociais uma das primeiras coleções do acervo do museu. Elaborada por dois estudantes no início dos anos 1970, a coleção revela a profissão dos fotógrafos de rua em atividade na época, os lambe-lambes.
A Casa Fiat de Cultura preparou uma ação especial para celebrar o amor e o Dia dos Namorados e realizou a série “Amor em Tempos Modernos”, que apresentou uma história em quadrinho por dia, retratando temas cotidianos das relações e seus afetos, com diferentes técnicas de desenho e ilustração.
Refletir sobre a afirmação e a resistência do negro, além de ressignificar seu papel social e suas relações foram as propostas da exposição dos artistas Janaína Barros e Wagner Leite Viana. A mostra apresentou obras que entrelaçam objetos, vestimentas, vídeos, fotografias e áudio, sempre destacando o olhar dos próprios artistas sobre o seu trabalho em diálogo com o olhar do público.
Em um ano de pandemia e fechamento dos espaços culturais em todo o mundo, a Casa Fiat de Cultura reestruturou toda a sua programação para o espaço digital, promovendo o acesso de milhares de pessoas em todo o Brasil.
A edição comemorativa de cinco anos do Presépio Colaborativo da Casa Fiat de Cultura apresentou ao público não apenas uma, mas seis cenografias natalinas sustentáveis, feitas com plástico, papel, papelão, tetrapak, madeira e bambu. O ineditismo dessa edição foi representado, sobretudo, pelo uso do bambu na cenografia, indicando projeções futuras, exatamente por este material ser altamente sustentável.
A exposição “Percorsi Italiani: 120 anos de história na Casa Fiat de Cultura” apresentou objetos, vídeos e mais de cem imagens para resgatar os fluxos migratórios da comunidade italiana e sua contribuição na construção da memória e da identidade no Brasil e na Argentina.
Inédita, a mostra “Beleza em Movimento – Ícones do Design Italiano” reuniu várias linguagens e impressionante acervo, composto por mais de cem peças, entre obras de arte, automóveis históricos, objetos, miniaturas e instalações multimídia. Pela primeira vez uma exposição da Casa Fiat de Cultura ocupou todas as galerias do espaço.
Obra do escritor italiano Luigi Pirandello, Os Gigantes da Montanha se transformou em história em quadrinhos, segundo os traços do artista plástico multimídia Carlos Avelino, e se tornou tema da exposição na Casa Fiat de Cultura. A mostra apresentou o percurso de criação da HQ, publicada pela editora Nemo, do Grupo Autêntica, a partir da remontagem do espetáculo realizada, pelo Galpão, em 2013, com direção de Gabriel Vilela.
Na exposição “Tudo é eco no universo”, a proposta do artista plástico Augusto Fonseca foi trabalha o famoso mito grego de Narciso numa lógica inversa: ao invés do culto da imagem pela imagem e o que isso diz aos outros, a intenção é que a imagem provoque reflexões introspectivas.
Imagens e arquivos sobre fatos e momentos da história e do cotidiano ganharam novos contornos na exposição “Silêncios Seletivos”, de Luiza Nobel, na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura. A mostra reuniu um inventário de 25 obras, que após passarem por algumas intervenções, como colagens, rasgos e cortes, foram ressignificadas pela artista, possibilitando novos olhares sobre fatos já ocorridos.
Diferentes cenários e monumentos que revelam a beleza e identidade cultural de Brasília e Ottawa foram apresentados na exposição “Olhares Cruzados Brasil-Canadá na Casa Fiat de Cultura”, durante a programação da 5ª edição da Festa da Francofonia, em Belo Horizonte.
Ícones das animações ganharam novas configurações e levantaram questionamentos acerca da sociedade contemporânea na exposição “Pulsa”, exibida na Piccola Galleria. Em um processo intuitivo de criação, ícones de ação e de animação, famosos nos quadrinhos, TV e cinema foram usados pelo artista Avilmar Maia como matéria-prima para a produção das obras que instigaram reflexões sobre crenças, mitos e símbolos da sociedade contemporânea.
O artista visual mineiro Ildeu Lazarinni apresentou na Piccola Galleria a exposição “Ellora” – uma instalação de 50kg e 8m de comprimento feita com poliuretano, tinta acrílica e alfinetes. O artista definiu suas criações como “núcleos flutuantes” porque foram inspirados no que a ciência chama de matriz extracelular. A obra é uma metáfora para a estrutura completa do corpo humano e para nossa essência emocional.
A 4ª edição do Presépio Colaborativo da Casa Fiat de Cultura foi uma homenagem ao Presépio do Pipiripau, criado pelo artesão mineiro Raimundo Machado Azeredo e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Com curadoria do artista Leo Piló e participação do público foram confeccionadas 1.200 casinhas nos 16 bairros do presépio, inspirando a mineiridade de cada visitante que se dedicou à sua construção.
A exposição de Miro Bampa foi composta por uma série de 30 objetos criados a partir da fragmentação de memórias afetivas do artista. O agrupamento dessas lembranças em um ato estético foi um processo autobiográfico de resgatar uma história, abrigando os fantasmas acumulados em uma narrativa secreta.
A exposição da artista plástica Maíse Couto contou com uma série de sete pinturas, que delinearam um universo pictórico elaborado a partir da experimentação de um espaço que não se submete à linearidade de nenhuma perspectiva conhecida, mas a uma paisagem só experimentada no território livre da poesia e da pintura.
Obras de mestres do Renascimento Italiano, como Tiziano, Perugino e Guido Reni que retrataram São Francisco de Assis foram apresentadas pela Casa Fiat de Cultura em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. A exposição ganhou destaque entre as 100 mostras mais visitadas no mundo, na categoria Old Masters, segundo a revista Inglesa The Art Newspaper.
Os artistas que participaram da Residência Artística em Arte Digital da Casa Fiat de Cultura tiveram a oportunidade de apresentar os processos e resultados da jornada colaborativa na exposição “Cidades e outras passagens na Casa Fiat de Cultura – Caminhos de uma residência em arte digital”.
Em 2018, a Casa Fiat de Cultura lançou o projeto Residência Artística em Arte Digital – Uma Jornada Colaborativa. Oito artistas ficaram imersos em um espaço de criação na Casa Fiat de Cultura para produzir obras de arte digital relacionadas ao painel “Civilização Mineira” (1959), de Candido Portinari, acervo do espaço cultural. O programa partiu do conceito de “museu fora do museu”, que amplia as experiências artísticas, promove reflexões sobre o mundo contemporâneo, extrapola os espaços físicos, deixando de ser apenas um espaço para contemplação.
A exposição “Inarredáveis! Mulheres Quadrinistas” foi apresentada pela Casa Fiat de Cultura como parte da programação do Festival Internacional de Quadrinhos – FIQ 2018. Foram mais de 80 obras de 12 artistas belo-horizontinas, reafirmando a força feminina no cenário das HQs.
Em série de fotografias, a artista visual e arquiteta Mariângela Haddad revelou as memórias guardadas em antigos imóveis de Belo Horizonte que se encontram em meio à transformação da paisagem urbana. Este trabalho reuniu rastros de histórias que fatalmente se perderam com a chegada de novas tecnologias e a inevitável transformação da paisagem urbana num antigo bairro da cidade.
A Casa Fiat de Cultura realizou bate-papo com Mia Couto, reconhecido escritor moçambicano que tem conquistado leitores de vários países, ao exercitar, por meio da lapidação da palavra, a arte de (re)encantar o mundo.
A Casa Fiat de Cultura foi um dos espaços culturais que integrou a 1ª Bienal de Arte Digital, evento idealizado e realizado pelo Festival de Arte Digital (FAD), que discutiu os desafios e impactos das “linguagens híbridas” no mundo contemporâneo. Na Casa Fiat de Cultura foi apresentada a exposição Linguagens Híbridas, com obras da brasileira Ana Moravi e do estadunidense Mark Klink.
A exposição reuniu, pela primeira vez, a obra destes dois irmãos, nascidos em Viçosa (MG), que se consagraram como grandes nomes do cenário artístico mineiro. Com mais de 80 obras expostas, que marcam várias fases da produção de cada um, a mostra ofereceu ao público a oportunidade de explorar os caminhos das invenções e das escolhas estéticas e técnicas de Nello e Eliana.
O artista plástico mineiro Wendell Leal levou para a Piccola Galleria a exposição “Refúgio Poético”. A mostra apresentou pinturas inspiradas no simbólico Parque Municipal Américo Renné Giannetti, como uma forma de reter o silêncio e a tranquilidade que persistem dentro de um hipercentro da capital mineira.
A mineira Fernanda Fernandes apresentou na Piccola Galleria uma série de aquarelas, pinturas a óleo colagem e objeto, que revelaram criações a partir de memórias visuais. A obra de Fernanda foi motivada pela ideia de transiência da matéria, da vulnerabilidade da existência, das impermanências e do caráter inventivo que a memória possibilita.
A edição 2017 do Presépio da Casa Fiat de Cultura, sob curadoria do artista plástico Leo Piló, trouxe o tema povos ameríndios (índios brasileiros, Incas, Maias e Astecas), numa típica mata do cerrado. Com a colaboração do público, ele foi criado com materiais reutilizáveis, em ateliê aberto.
A Casa Fiat de Cultura apresentou a exposição “Fuga”, da artista plástica Ana Amélia Diniz Camargos. Com licença poética, a artista expressou sua conexão com a natureza e o incômodo diante da degradação da natureza. Expressou também suas preocupações com os atuais fluxos migratórios, induzidos pelos conflitos sociais.
A exposição com obras dos artistas italianos Paolo Grassino e Luigi Mainolfi contou com esculturas, pinturas, instalações e videoarte, e inspirou indagações sobre a atualidade, ricas de tensões e paradoxos, a partir de experimentações com a matéria e o corpo no fazer artístico. Esta foi a primeira vez que Grassino (Turim, Itália, 1967) expos suas obras no Brasil.
A Casa Fiat de Cultura inaugurou a mais abrangente exposição de arte aborígene realizada na América Latina, reunindo um acervo de mais de 70 obras. A mostra apresentou a expressão artística contemporânea e narrativas da cultura aborígene com obras representativas das diversas regiões daquele país continente.
A fotógrafa Joana Moreira encontrou um ponto coincidente entre os japoneses e os mineiros. Apaixonada pela natureza, ela registrou a florada dos ipês-amarelos, genuínos de nossa terra, e das cerejeiras, árvores originárias do Japão que foram plantadas em Minas Gerais. Tal confluência de culturas pôde ser apreciada na exposição “Hanami/Mbotyra epiak: um olhar sobre flores na Casa Fiat de Cultura”.
Em homenagem aos 120 anos de Belo Horizonte, a Casa Fiat de Cultura inaugurou exposição com imagens da capital mineira repletas de beleza e imprevisibilidade. Na exposição multimídia de Sylvio Coutinho o público teve a oportunidade de apreciar 27 fotografias, 65 gravuras, além de vídeos e réplicas em 3D de monumentos históricos de BH.
Durante a 15ª Semana de Museus, a Casa Fiat de Cultura lançou peças multissensoriais baseadas no painel “Civilização Mineira”, de Candido Portinari. A tela foi reproduzida em escala gráfica reduzida, de modo que seja possível ser tocada pelo público.
Por meio de suas obras, a artista mineira Renata Laguardia explorou o gênero de retratos de grupo e discutiu como as identidades dos sujeitos são construídas na pós-modernidade. Na mostra “Nem tudo tem que ser pra sempre”, suas pinturas recriam as tradicionais fotos de turmas escolares, uma paisagem marítima e alguns retratos de férias e momentos em família.
Do diálogo entre duas linguagens artísticas, a fotografia e a pintura, a exposição afirmou o trabalho de experimentação da artista visual Thaieny Dias, que apresentou 16 telas entre aguadas em nanquim, acrílicas sobre tela e sobre madeira, em pequenos, médios e grandes formatos, geradas a partir de autorretratos fotográficos.
A exposição do artista visual Daniel Pinho na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura apresentou uma perspectiva sensível do cotidiano representada pela realidade dos comerciantes italianos.
Marco Aurélio R. Guimarães realizou na Casa Fiat de Cultura sua primeira exposição de arte. A mostra “Prazer e Morte” apresentou ao público duas esculturas que retratam com impressionante fidelidade os corpos de um homem e de uma mulher.
Com influências da estética construtivista e utilizando técnica mista, o artista Marcus Amaral apresentou, na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura, uma seleção de sete obras inéditas, que tensionam a relação entre o universo da razão e o dos sentidos. O artista utilizou de sua formação em Engenharia e em Belas Artes para dar novo significado à matéria e produzir composições que podem ser chamadas de telas-esculturas.
O artista plástico Antonio Pinto da Fonseca Junior apresentou na Piccola Galleria uma série inédita de pinturas em pequenos formatos. Com a presença de figuras humanas em grande parte dos trabalhos, as obras revelavam influências de pintores pós-impressionistas, expressionistas e abstratos.
O mineiro Leo Santana apresentou na Casa Fiat de Cultura a exposição “Do Outro Lado do Desenho”. Entre desenhos em grafite e esculturas em bronze, suas obras traçaram um paralelo entre o bidimensional e o tridimensional e revelaram a produção autoral do artista.
O artista mineiro Daniel Tavares foi um dos seis contemplados no 1º Programa de Seleção da Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura. A exposição “Renascimento Gráfico” apresentou uma releitura gráfica e saudosa do artista em relação às clássicas esculturas renascentistas encontradas por toda a Itália.
A exposição “Ensaios Visuais do Piemonte” apresentou uma seleção inédita de 34 obras de 10 novos artistas, que retrataram desde o cotidiano da região às belas paisagens. A mostra inaugurou um novo espaço expositivo na Casa Fiat de Cultura, a Piccola Galleria, um pequeno recinto em seu hall principal destinado às artes visuais, bem ao lado do painel “Civilização Mineira”, de Candido Portinari.
Como forma de promover um paralelo entre velhas e novas mídias, a Casa Fiat de Cultura apresentou a exposição “Almanaque – Pinturas de Miguel Gontijo”, marcada pela visão irônica, nostálgica e expressiva do artista mineiro.
Em celebração aos 60 anos da consagrada e enérgica trajetória da artista mineira Yara Tupynambá, a Casa Fiat de Cultura realizou uma exposição com obras que representam a dedicação da artista às pinturas de paisagens naturais.
No ano em que celebrou 10 anos, a Casa Fiat de Cultura apresentou uma das mais importantes coleções do Brasil, pertencente à Fundação Edson Queiroz, que debateu a modernidade dentro do modernismo. Na mostra o público apreciou 52 pinturas e cinco esculturas, com destaque para as obras “Duas Amigas” (1913), de Lasar Segall; “Mulata com Flores”, de Di Cavalcanti (sem data); “Mulher e Crianças” (1940), de Portinari; e “Lavadeiras do Abaeté” (1956), de Pancetti.
Em 2015, a Casa Fiat de Cultura resgatou uma tradição e lançou a primeira edição do seu Presépio Colaborativo, todo criado com materiais reutilizáveis, e feito de forma colaborativa, com o público.
Em “Umberto Nigi – Cores Cidadãs do Mundo” foram reunidas 44 obras inéditas que representaram um conjunto da carreira do artista plástico italiano Umberto Nigi que, assim como sua arte, transcendeu fronteiras. A dramaticidade de suas pinceladas, o estilo ousado, elegante e sensual chamou a atenção da crítica especializada e do público.
A exposição “Re-Conhecimento – A Gravura Norueguesa Contemporânea” reuniu, pela primeira vez no país, mais de cem obras de 21 artistas que representaram a complexidade e a variedade do extenso universo das artes gráficas norueguesas. A mostra contou, também, com a presença de uma gravura de um dos mais aclamados artistas da história da arte, Edvard Munch, consagrado pelo emblemático quadro “O Grito”.
Na exposição “Uma Certa Itália – 15 Artistas do Piemonte” foram reunidas 45 obras de 15 jovens artistas italianos, numa seleção que mostrou a multiplicidade e a qualidade artística da Itália contemporânea. Os artistas resgataram a pintura em técnicas e estilos diversos e estabeleceram um contraponto entre o avanço tecnológico e a tradição pictórica.
O “Artista das Cores”, Fernando Pacheco, conquistou o público da Casa Fiat de Cultura com pinceladas características, olhos marcantes e tons vibrantes após sua passagem por países como Nova Zelândia, Taiwan, China e Japão.
A mostra “Quase Poema – Cartas e Outras Escrituras Drummondianas” relacionou a correspondência entre o poeta Carlos Drummond de Andrade e sua mãe, com a poesia drummondiana. O seleto repertório de 88 documentos e cartas veio do acervo do Memorial Carlos Drummond de Andrade, e as 28 cartas escritas pela mãe do poeta, Dona Julieta Augusta Drummond, do Instituto Moreira Salles.
Com curadoria do estilista e designer Ronaldo Fraga, a mostra “Recosturando Portinari” apresentou os bastidores da recuperação de uma obra de arte – por meio do processo de restauro do quadro “Civilização Mineira” (1959), de Cândido Portinari.
A nova sede da Casa Fiat de Cultura foi aberta com a exposição “Barroco Itália- Brasil”, com obras suntuosas dos Tesouros de San Genaro, em diálogo com obras raras do Barroco brasileiro, de Aleijadinho, Mestre Valentim, Mestre Piranga e Alfredo Ceschiatti, entre outros.
Em junho, mês da abertura da Copa do Mundo no Brasil, a Casa Fiat de Cultura inaugurou sua nova sede no Circuito Cultural da Praça da Liberdade. O histórico prédio do Palácio dos Despachos é aberto totalmente revitalizado dentro de padrões museológicos internacionais.
Em 2013, a Casa Fiat de Cultura iniciou o restauro de sua nova sede, no antigo prédio do Palácio dos Despachos – edifício tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) – constituindo-se como um dos principais pilares do Circuito Liberdade.
A Casa Fiat de Cultura apresentou a maior exposição do pintor italiano Caravaggio já realizada na América do Sul. A mostra trouxe, ainda, obras dos chamados “Caravaggescos”, artistas seguidores do gênio. Destaque para Medusa Murtola, que saiu pela primeira vez da Itália e causou comoção em todo o país. A exposição integrou a programação do Momento Itália-Brasil.
Considerada a mais expressiva coleção de obras de Giorgio de Chirico (1888-1978) já exposta no Brasil, a mostra “De Chirico: O Sentimento da Arquitetura” reuniu 122 obras, além de 66 litografias de 1930, apresentadas juntas pela primeira vez no país.
A exposição “Roma – A Vida e os Imperadores” apresentou a história e vida dos imperadores e do povo de Roma, por meio de 370 obras originais, entre esculturas, mosaicos, joias, cerâmicas, afrescos, adornos, vestimentas e objetos do dia a dia, provenientes de importantes museus da Itália.
Nesta mostra o público teve a oportunidade de apreciar visões singulares de paisagens, tradições e tipos brasileiros, reunidas em um conjunto de 139 obras de Tarsila do Amaral (1886 – 1973).
No ano em que a Casa Fiat de Cultura completou cinco anos de atuação nos 35 anos da Fiat no Brasil, a instituição apresentou ao público uma visão sobre a pintura de retrato de um dos mais respeitados acervos do mundo. A mostra foi uma síntese do gênero mais consistente da coleção do Masp.
Foi realizado, no Palazzo Pamphili, o primeiro Festival Itália-Brasil, numa parceria da Casa Fiat de Cultura com a Embaixada do Brasil em Roma. Nomes como Vik Muniz, Irmãos Campana, Ernesto Neto, Grupo Galpão, Elisa Freixo e Toquinho participaram do Festival.
A Casa Fiat de Cultura realiza a exposição “Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas”, em parceria com o Instituto Tomie Ohtake (São Paulo) e a Fundação Iberê Camargo (Porto Alegre). A mostra buscou traçar relações entre a arte oriental e o artista fluminense, radicado em terras mineiras nas duas últimas décadas de vida.
A Casa Fiat de Cultura trouxe, pela primeira vez no Brasil, o acervo fotográfico do artista francês Auguste Rodin (1840-1917), revelando a forma como eram criadas suas esculturas. Além das fotografias, 22 esculturas de bronze e mármore complementaram a exposição, como a monumental escultura Les trois ombres (As três sombras), que foi retirada do jardim do Musée Rodin, na França, onde está instalada.
No ano da França no Brasil, a Casa Fiat de Cultura apresentou a intensidade das cores de Marc Chagall (1887-1985) em mais de 300 obras do artista na maior exposição já realizada no Brasil.
A mostra reuniu 184 obras, entre pinturas, aquarelas e gravuras, capazes de resumir a experiência dos viajantes europeus que passaram pelo Brasil no século XIX. A intenção foi propor ao público uma reflexão sobre a contribuição estrangeira para a arte brasileira.
A exposição apresentou, de forma didática e lúdica, as diferentes visões sobre o Brasil, correntes entre os séculos XVI e XIX, por meio do traçado e das ilustrações dos mapas do período, hoje objetos de arte valorizados como itens de coleção.
A exposição propôs ao público uma visão crítica sobre a roupa, além de explorar a interação e a criatividade de cada visitante ao proporcionar a experiência de viajar por diferentes momentos históricos do Brasil e, por meio deles, compreender a roupa como instrumento de comunicação e expressão.
A Casa Fiat de Cultura realizou a maior retrospectiva do artista Amilcar de Castro no Brasil, ocupando além de suas galerias, a exibição de obras monumentais nas praças da Liberdade e Praça JK.
A exposição Speed – A arte da velocidade na Casa Fiat de Cultura marcou as comemorações no Brasil do centenário do Manifesto Futurista. Foi exibido o mais representativo acervo de arte italiana deste período, reunindo de fotografias históricas, obras de arte, filmes, moda, objetos de design até a Ferrari de Schumacher.
A primeira exposição realizada pela Casa Fiat de Cultura foi “Arte italiana do Masp na Casa Fiat de Cultura”, que levou 40 mil visitantes ao Belvedere, antiga sede do espaço cultural.
Nos 30 anos de Fiat no Brasil foi criado o primeiro espaço cultural de uma empresa de automóveis no Brasil, a Casa Fiat de Cultura. Um presente aos brasileiros.
Praça da Liberdade, nº10, Funcionários | CEP: 30140-010 | Belo Horizonte/MG - Brasil
Tel: +55 (31) 3289-8900
Horário de funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Visitas agendadas sob consulta
TODA PROGRAMAÇÃO DA CASA FIAT DE CULTURA É GRATUITA
Atendimento acessível sob demanda, mediante disponibilidade da equipe.
Plano Anual Casa Fiat de Cultura
2024 – PRONAC 234590