A palestra começa mostrando como a trajetória de Portinari ilustra, literalmente, o famoso ditado do escritor russo Tolstoi: se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia. Seu coruscante itinerário começa em um humilde povoado perdido nas imensas plantações de café do interior do Estado de São Paulo e, após legar ao País um retrato emocionado e grandioso, em mais de cinco mil obras, do povo, da vida e da alma brasileira, vai atingir o seu ápice nos monumentais painéis Guerra e Paz, poderosa mensagem plástica, ética e humanista, presente do Brasil à Organização das Nações Unidas. Ao mesmo tempo, esta palestra focaliza o trabalho de 33 anos do Projeto Portinari, empenhado no levantamento, catalogação, pesquisa e disponibilização da obra e vida do pintor. Sua interface com as áreas de Ciência e Tecnologia, e sua atuação junto às crianças e jovens de todo o País. Em particular, sua conquista mais recente: a concretização de um antigo sonho, durante décadas julgado impossível, de, após obter da ONU a guarda dos originais Guerra e Paz durante o período 2010-2014, trazê-los para restauro e exposição no Brasil, e no exterior.
João Candido Portinari
João Candido Portinari é Ph.D. pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Antes de ingressar no MIT, cursou Matemática no Lycée Louis-Le-Grand e a École Nationale Supérieure des Télécommunications, em Paris, onde se formou como Engenheiro de Telecomunicações. A convite da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/Rio), regressou ao Brasil, em 1966, após dez anos no exterior. Em 1979, após 13 anos de atividades de pesquisa, ensino e administração desenvolvidas em tempo integral no Departamento de Matemática da PUC/Rio, João Portinari concebeu e implantou o Projeto Portinari, trabalho universitário de equipe multi-disciplinar, empenhado no levantamento, catalogação, pesquisa e disponibilização de um vasto acervo documental sobre a obra, vida e época do pintor Candido Portinari. Pela produção do Catálogo Raisonné de Candido Portinari, o Projeto Portinari foi homenageado com o Prêmio CLIO de História (2004), o Prêmio Sérgio Milliet (2005), o Prêmio Jabuti (2005), o Prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade (2005). João Candido também foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, na categoria de Comendador (2008), com a Medalha do Mérito Marechal Cordeiro de Farias (2010) e a Medalha Antonio Olinto (2010).
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