O artista mineiro Daniel Tavares foi um dos seis contemplados no programa de seleção da Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura e será o primeiro a expor no espaço. A exposição “Renascimento Gráfico” retrata uma releitura gráfica e saudosa do artista em relação às clássicas esculturas renascentistas encontradas por toda a Itália. A mostra, com entrada gratuita, reúne dez pinturas inéditas de grandes e pequenos formatos, criadas em óleo sobre tela, e fica aberta ao público entre os dias 20 de setembro e 9 de outubro.
Marcadas pelo figurativo contemporâneo, as obras de Daniel Tavares revelam seu sentimento nostálgico. O artista viveu muitos anos em países europeus, onde pôde fotografar as esculturas que brilhavam aos olhos e desenvolver sua técnica. Com fixação evidente pelos bustos e esculturas encontradas nas praças, museus e ruas italianas, sobretudo em Roma e Florença, Daniel refinou o próprio estilo e associou sua técnica à informalidade da arte italiana contemporânea, criando o que denomina Renascimento Gráfico.
Com influências cubistas, pop e urbanas, Daniel Tavares é autodidata e iniciou a carreira como desenhista publicitário e grande admirador de quadrinhos. As obras que apresenta na exposição apresentam traços tipicamente marcados pelo grafismo e pelo figurativo, com contornos pretos e sombras demarcadas. Tais características se fundem à cultura clássica da arte renascentista, focada no humanismo, na perspectiva e na proporção geométrica, com destaque para as figuras humanas e a expressão corporal. Daí a ideia de “Renascimento Gráfico”.
A pintura de Daniel Tavares se destaca, ainda, pelo uso das cores, fortes e envolventes, alcançadas pela pigmentação encontrada em tintas que adquiriu na Itália. O artista explica que “esta convivência com a arte italiana, sobretudo a informal, transformou minha obra, antes dominada pelo excesso de elementos, em uma pintura limpa, que valoriza a figura. O fundo da tela se tornou neutro, porém vibrante, conferindo contraste entre a obra e inserindo novos figurativismo e expressionismo”.
O artista relata que se sente privilegiado em expor no espaço da Piccola Galleria. “É um orgulho ver que, dentre tantos projetos, fui um dos selecionados em um processo neutro e imparcial, e saber que artistas deste porte, já consagrados, apreciaram o meu trabalho. Na Casa Fiat de Cultura, terei a oportunidade de apresentá-lo também ao grande público e, quem sabe, abrir outras portas na minha carreira artística. Especialmente na Itália, onde construí grande parte da minha trajetória, ter essa exposição em meu portfólio é uma chancela que dá credibilidade e visibilidade ao meu trabalho”.
Em 2016, ano em que comemora 10 anos de atividades, a Casa Fiat de Cultura abriu as portas da Piccola Galleria, seu novo espaço para as artes visuais, em um programa de seleção de exposições individuais ou coletivas. A instituição convidou os artistas mineiros Yara Tupynambá, Miguel Gontijo, Fernando Pacheco e Umberto Nigi, que já realizaram exposições na Casa Fiat e têm visões e opiniões distintas sobre a arte, para selecionar os trabalhos. Dentre os 40 inscritos, os artistas Antonio Pinto da Fonseca Junior, Daniel Pinho, Daniel Tavares, Marcus Amaral, Renata Laguardia e Thaieny Dias foram os seis selecionados desta edição, que contará com uma série de mostras inéditas e de curta duração, que se encerra em 2017, sempre com entrada gratuita.
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